Monólogo da criança
Ivone Boechat
(autora)
Sou criança! Cheguei,
recentemente, de uma longa
viagem, andei pelo caminho misterioso do pensamento dos meus pais e, durante a
concepção, fiz um estágio muito feliz, ao lado do coração da minha mãe.
Estou
aqui, um pouco assustada, porque os adultos conversam coisas estranhas que
ainda não consegui entender. A vida é simples, bonita e colorida, por que
complicam tanto? Sabe, imaginam que nós, crianças, somos incapazes, fracas e
bobas. Não é nada disto.
A
gente apenas se esforça para crescer e ajudar a construir este mundo: soltar os
passarinhos das gaiolas; fazer jardins para os beija-flores; salvar o azul
cristalino dos rios; abrir as janelas das casas e soltar as pessoas... proteger
os animais!
As
pessoas crescem, ficam fortes, nos sufocam com as suas idéias, não nos deixam
falar.
Quero dizer que toda criança traz uma mensagem
divina de paz.
Por favor, se você está triste, magoado, ou muito cansado, que culpa têm as crianças? Não deposite suas dores e lágrimas nesta plantinha que mal começa a brotar, ela se chama criança, para crescer e florescer feliz dê a ela fluídos magnéticos e milagrosos do Amor.
Por favor, se você está triste, magoado, ou muito cansado, que culpa têm as crianças? Não deposite suas dores e lágrimas nesta plantinha que mal começa a brotar, ela se chama criança, para crescer e florescer feliz dê a ela fluídos magnéticos e milagrosos do Amor.
Muito belo.
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